domingo, 27 de setembro de 2020

"John Redcorn", por SiR

Capa do álbum Chasing Summer, de Sir.

CONHECI O SiR através de sua apresentação no NPR Tiny Desk Concert — que, inclusive, recomendo fortemente. Durante o pequeno show, ele menciona que sua faixa favorita do Chasing Summer, seu terceiro álbum lançado em 2019, é a canção John Redcorn. E ela também é a minha música favorita de SiR.
Deixo abaixo a apresentação de Sir, cantando John Redcorn, no show feito para o COLORS STUDIO, junto de sua tradução.


SiR, "John Redcorn"

Sozinho, todas as noites sozinho
Por que estou sozinho quando sei
Que você me quer também?
Estou errado?
Me diga que estou errado
Me diga que eu mereço toda a dor
Que você está me causando

Eu odeio o fato de que eu me importo
Você fica me ligando, e eu não quero atender
Sabemos que o suficiente nunca vai ser suficiente
Eu finjo não me interessar e ela continua a me procurar
Me afundo cada vez mais
Ela não acredita quando digo que preciso dela
Acho que deveria ficar na minha
Porque quando você voltar pra sua casa eu vou estar...
Sozinho, todas as noites sozinho
Por que estou sozinho quando sei
Que você me quer também?
Estou errado?
Me diga que estou errado
Me diga que eu mereço toda a dor
Que você está me causando

(Você nunca me traz boas notícias
Eu só queria ser a sua escolha)

A garota dos meus sonhos me faz perder o sono
Baby, você me lembra até meu Jeep
Talvez eu deva realmente ir embora
Com Double Vision a tocar o tempo todo
Parece até um jogo de sobrevivência
Por que estou me sacrificando pela vitória?
Será que vale mesmo a pena lutar?
Se no fim irei ficar...

Sozinho, todas as noites sozinho
Por que estou sozinho quando sei
Que você me quer também?
Estou errado?
Me diga que estou errado
Me diga que eu mereço toda a dor
Que você está me causando

(Você nunca me traz boas notícias
Eu só queria ser a sua escolha
Você nunca me traz boas notícias
Eu só queria ser a sua escolha)

A garota dos meus sonhos me faz perder o sono
Baby, você me lembra até meu Jeep
Talvez eu deva realmente ir embora
Com Double Vision a tocar o tempo todo

*****

GLOSSÁRIO
(Termos destacados em negrito no texto)

DOUBLE VISION: canção que faz parte do álbum Double Vision, da banda Foreigner, lançada em 1978. Na série King of the Hill, é uma das músicas que o personagem John Redcorn (ver nota abaixo) escuta com frequência em seu Jeep.
JEEP: marca de automóveis fundada em 1941 nos Estados Unidos. A palavra também se refere aos modelos de automóveis destinados ao uso off road [fora de estrada], que, normalmente, possuem tração nas quatro rodas. Na série King of the Hill, o carro dirigido pelo personagem John Redcorn (ver nota abaixo) é um modelo Jeep CJ-7 de 1985.
JOHN REDCORN (III): é um dos personagens da série animada King of the Hill (O Rei do Pedaço, no Brasil). O personagem dirige um Jeep na série.

domingo, 20 de setembro de 2020

Frank Robbins: biografia resumida

O TEXTO A SEGUIR, escrito por Daniel Herman — advogado e fundador da editora Hermes Press —, é a introdução para o primeiro volume de Johnny Hazard, lançado pela editora anteriormente mencionada. Robbins foi único e é uma das maiores contribuições para o universo das tiras em quadrinhos. Seu estilo narrativo é uma das minhas principais influências para escrita de quadrinhos.


Não é fácil de se classificar Frank Robbins. Seus esforços artísticos variam de gibis e tiras em quadrinhos às ilustrações comerciais e pinturas. Ele era, realmente, extremamente talentoso nesses meios. Mas como um narrador gráfico, ele brilhou como um dos mestres de um objeto que agora está em desaparecimento: as tiras de jornal de ação/aventura.
A carreira de Robbins como artista durou mais de 67 anos. Nascido em Boston, em 1917, logo aos nove anos de idade, foi contemplado com uma bolsa de estudos no Museu de Belas Artes de Boston. Seis anos depois, ele se mudaria para a cidade de Nova Iorque para estudar na Academia Nacional de Design, em uma bolsa Rockefeller. Com facilidade, Robbins entraria no mundo da arte a partir dali, recebendo diversos trabalhos, incluindo o design de um set de murais no Radio City Music Hall de Nova Iorque. Ele então trabalharia como ilustrador para várias revistas, como Life, Look e The Saturday Evening Post, além de aceitar trabalhar para o RKO Studios, e exibir suas pinturas em exposições de grupos no Museu Metropolitano de Arte, no Museu Whitney de Arte Americana, na Galeria Corcoran de Arte, e na Galeria Walker de Arte. Além de todas essas notáveis conquistas, sua fama estaria marcada para sempre em suas contribuições para o universo das tiras e dos gibis.
Em 1939, Robbins começou a trabalhar na popular tira com temática de aviação Scorchy Smith, substituindo o habilidoso Bert Christman, que tinha abandonado seu chamado como um artista para se tornar um verdadeiro aviador, primeiro treinando como um cadete na Marinha até finalmente se encontrar com os Flying Tigers [Tigres Voadores] na China, onde acabaria morrendo tragicamente em 1942. Scorchy Smith era um marco no desenvolvimento da arte em uma tira de jornal. O artista Noel Sickles usou a tira como um veículo para melhorar o estilo de uma narrativa que usava áreas marcantes de preto para, de forma impressionante, converter a arte em algo extremamente próximo a uma fotografia. Esse "estilo" era uma significante influência principalmente de seu amigo Milton Caniff e outros que estavam neste mundo das tiras de aventura. A arte de Robbins amadureceu rapidamente em Scorchy Smith, enquanto ele desenvolvia um estilo hábil de arte-finalização que era firme e atrativo. O ritmo de Robbins com as histórias, os ângulos de câmera usados para transmitir as ações, e a composição como um todo de suas aventuras eram um manual e exemplo de como tiras de jornal poderiam, literalmente, ter uma qualidade cinematográfica.
Enquanto trabalhava na tira de Scorchy Smith, seu sindicato, King Features, ofereceu a ele a tira de Agente Secreto X-9, mas ele optou por criar seu título próprio: Johnny Hazard. [...] A primeira tira saiu nos jornais em 5 de junho de 1944. Se compararmos Scorchy Smith com Johnny Hazard, vemos claramente que esta última é uma evolução da primeira. Mas não ficaria assim por muito tempo. [...] A série rapidamente mudaria, adotando uma personalidade distinta e própria. Johnny Hazard continuou saindo até agosto de 1977.
Nos anos de 1970, Robbins dividia seu trabalho entre Johnny Hazard e a criação de excelentes trabalhos para a DC Comics, onde trabalhou em títulos como Batman, Flash, Superman e O Sombra. Na Marvel, trabalhou em Capitão América, Motoqueiro Fantasma e Os Invasores. No final dos anos de 1970, Robbins mudou-se para o México e vivia apenas com pinturas, que continuou fazendo até sua morte em 1994.

Página original de Johnny Hazard, de 8 de abril de 1962.

*****

GLOSSÁRIO
(Termos destacados em negrito no texto)

FLYING TIGERS [TIGRES VOADORES]: grupo de pilotos da força aérea, marinha e fuzileiros navais dos Estados Unidos, que formaram um grupo de esquadrões de caças de combate treinados na China. Seus esquadrões aéreos são mundialmente conhecidos e populares por conta da boca de tubarão localizada na frente dos aviões.
NOEL SICKLES (1910–1982): cartunista e ilustrador norte-americano, conhecido por trabalhar na tira de jornal Scorchy Smith (ver nota abaixo) entre 1933 e 1936.
MILTON CANIFF (1907–1988): famoso cartunista criador das tiras Terry e os Piratas (1934–1973) e Steve Canyon (1947–1988). Foi um dos fundadores da Sociedade Nacional de Cartunistas norte-americana.
SCORCHY SMITH: tira de jornal, criada pelo artista John Terry, lançada em 17 de março de 1930, indo até 30 de dezembro de 1961. Trazia como protagonista Scorchy Smith, piloto de aluguel que viajava pelo mundo a encarar criminosos e espiões.

domingo, 13 de setembro de 2020

"Save a Prayer", por Duran Duran: uma música marcante

Capa do álbum Rio

SEXTA FAIXA DO SEGUNDO álbum, Rio, da banda Duran Duran, Save a Prayer faz parte do meu panteão de músicas favoritas. Lançada em 1982 e considerada uma das maiores canções da banda, ela alcançou a primeira posição nas mais tocadas aqui no Brasil, na década de 80.
O ritmo é obviamente a parte que me toca mais. A primeira vez que ouvi foi na rádio carioca JB FM — minha rádio favorita de todos os tempos, responsável por ampliar ainda mais meu gosto musical pelos anos 80. Marcou um período importante da minha vida e tem boas chances de ser considerada a Música do Ano.
Abaixo, o vídeo oficial da música e sua letra traduzida:



Duran Duran, "Guarde a Oração"

Você me viu parado na parede
Na esquina da rua principal
Todas as luzes piscando
No peitoril de sua janela
Sozinho não tem graça
Então você busca emoção
E sabe o que precisa
E onde ir

Não faça uma oração para mim agora
Guarde para a manhã de amanhã
Não, não faça uma oração para mim agora
Guarde para a manhã de amanhã

Sinta a brisa que percorre seu interior
Olhe bem para dentro de si
Se conseguir, verá o mundo
Sob completas chamas
Arrisque a chance como os sonhadores
Você não vai ter outro jeito
Não precisa querer correr pro final
Apenas viva o dia de hoje

Não faça uma oração para mim agora
Guarde para a manhã de amanhã
Não, não faça uma oração para mim agora
Guarde para a manhã de amanhã
Guarde para a manhã de amanhã
Guarde para a manhã de amanhã

Um caminho bonito
Tento manter o controle das inundações
Que preenchem minha pele
Não me pergunte o motivo
Eu vou manter minha promessa
E quebrar esse gelo

E você queria dançar
E eu te pedi para dançar
Mas o medo está em sua alma
Alguns chamam
De "apenas uma noite"
Mas podemos chamar de paraíso

Não faça uma oração para mim agora
Guarde para a manhã de amanhã
Não, não faça uma oração para mim agora
Guarde para a manhã de amanhã
Guarde para a manhã de amanhã
Guarde para a manhã de amanhã
Guarde para a manhã de amanhã
Guarde para a manhã de amanhã

Do-do-do-do-do
Do-do-do
Do-do-do
Do-do

Guarde a oração para a manhã de amanhã
Guarde a oração para a manhã de amanhã
Guarde a oração para a manhã de amanhã
Guarde a oração para a manhã de amanhã

domingo, 6 de setembro de 2020

#ExplorandoTiras: A importância de diálogos naturais

Continuando a série com o intuito de explorar e entender os detalhes e as propriedades que fazem as tiras em quadrinhos serem únicas. Os estudos aqui são baseados em tiras já existentes.

Os diálogos em Rex Morgan M.D., por Terry Beatty

Arte promocional de Beatty para Rex Morgan, M.D.

REX MORGAN, MEDICINÆ DOCTOR (do latim, Doutor em Medicina) surgiu numa tira que leva seu nome no longíquo ano de 1948. Nicholas Dallis, criador da tira, escreveu a tira de 1948 a 1990, onde, durante estes anos, vários foram os ilustradores — incluindo o brasileiro Fernando da Silva. Após a morte de Dallis, Woody Wilson assumiu os roteiros em 1990 e carregou a tira até 2016 de forma incrível, continuando o legado de Dallis. Em 2013, após Graham Nolan deixar a tira, Terry Beatty assumiu a arte e, em 2016, quando Woody Wilson decidiu aposentar, Beatty pegou também o roteiro.
Em seu blog pessoal, Terry comentou numa postagem como estava sendo escrever uma tira com temática medicinal:

"Dando as caras para responder a algumas questões e preocupações daqueles que estão levando o tema da tira a sério hoje: eu tenho fontes para conselhos médicos — uma pessoa inclusive é de minha família — e eu também faço uma boa pesquisa antes de me intrometer nos assuntos médicos. Com isso, não esperem muitos detalhes aqui sobre remédios e tratamentos. Por uma grande quantidade de motivos, além do principal que é o espaço limitado para as palavras numa tira diária, eu tenho usado uma certa dosagem no que acontece aqui. O que vocês leitores acompanham são recortes das vidas dessas personagens, e não todos os momentos delas.
É preciso ter a noção do fato que escrever uma tira diária e dominical é como resolver um quebra-cabeça. É necessário, às vezes, termos uma reconstrução ou repetição, e as coisas precisam ser apresentadas da forma mais simples possível para chegar a algum lugar em dois ou três quadros por dia. [...]"[1]

Primeira semana com Terry também escrevendo a tira,
de 2 de maio de 2016.

Quando Beatty assumiu a tira em 2013, seu estilo foi uma das coisas que saltou aos olhos de muitos: simples e diretas, as tiras não tem muita enrolação na arte. Geralmente, o primeiro painel é um do tipo médio — que permite a presença de um cenário, simples, ao fundo — e os painéis seguintes são do tipo close-ups — em que a "câmera" está sempre próxima da personagem em destaque. Beatty parece seguir bem à risca os "22 painéis que sempre funcionarão" que Wally Wood introduziu há alguns bons anos atrás — de acordo com Wood, uma desculpa para "variar os painéis chatos em que um roteirista decidiu colocar personagens parados falando blábláblás por várias páginas".

"22 painéis de Wally Wood que sempre funcionarão!!"

Semana de 29 de agosto de 2016.

Mas o destaque principal fica com os diálogos. Beatty conseguiu desenvolver um estilo de diálogo incrível: é simples ao mesmo tempo que fluído e natural. Enquanto que muitos quadrinhos possuem um diálogo mais forçado — trazendo a impressão de que as situações que estão ocorrendo são realmente algo totalmente artificial[2] —, Beatty trouxe à tira de Rex Morgan M.D. um estilo familiar, com personagens conversando sobre coisas cotidianas, quase que de forma relaxada. Para uma tira do estilo soap opera (novela), é fundamental uma aproximação gigantesca com a realidade, mesmo sendo um universo fictício. Os diálogos de Beatty conseguem fazer as personagens se tornarem tão reais a ponto de você imaginar que realmente exista um doutor chamado Rex Morgan por aí.

Semana de 5 de setembro de 2016.

Terry me respondeu em seu perfil no Facebook, compartilhando detalhes de como produz a tira:

"É um processo totalmente digital, Lucas. Escrevo uma semana de tiras — como letreiramento —, direto no template das tiras que eu já tenho pronto, pois eu já tenho a noção de quanto espaço vai ocupar, ajudando a visualizar os desenhos (além do mais, pra que digitar tudo de novo?).
[...] Os roteiros geralmente são escritos nos domingos à noite, depois que coloco meus filhos para dormir. Desenho a tira de domingo na segunda/terça e as diárias na quarta/quinta."

Semana de 17 de outubro de 2016.

*****

O ÚLTIMO ARCO em Rex Morgan, M.D. aconteceu entre 16 de março e 31 de maio deste ano. Nele, Tyler Truck, cantor de country, tem problemas durante sua apresentação. Mais tarde, graças a ajuda de seu amigo/fã Buck Wise, que lhe passa o contato de Rex, visita o doutor e descobre estar com pneumonia atípica. Precisando isolar-se[3] para evitar contagiar outras pessoas, Tyler fica hospedado em um motel por alguns dias. Buck entra em contato por telefone para saber como seu ídolo se encontra e, por 15 dias seguidos, somos apresentados a uma conversa entre Tyler e Buck ao telefone.
E em nenhum momento o tédio se faz presente durante os 15 dias. Pelo contrário, Terry faz bom uso dos diálogos para justamente desenvolver ambos os personagens e sua amizade — até então desconhecida aos leitores, pois Tyler foi apenas inserido no universo. E no curto período da história, sentimo-nos convencidos de que Tyler sempre esteve ali, provavelmente em turnês, até que apresentou-se em Glenwood, cidade "sede" da tira.
A história conclui após a conversa entre Tyler e Buck, com Buck se oferecendo como agente a Tyler, e combinando detalhes sobre o futuro do cantor. Após algumas semanas, Tyler avisa a Buck que Rex lhe deu alta e que ele está pronto para seguir, aproveitando para agradecer por todo o cuidado oferecido pelo amigo.

Os principais acontecimentos do arco de Buck Wise e Truck Tyler.

É notável que muito do sucesso da tira sob direção de Beatty se dá devido ao bom uso das falas. É importante, se a tira não lida com elementos de fantasia, que haja naturalidade sempre que possível. Usando como exemplo o arco anterior, em especial o momento em que Tyler se consulta com Rex, a sensação de realidade se torna mais forte, valorizando a tira como um todo.

Conclusão

Usar e abusar de diálogos em uma tira é importante, mas moderá-los e tentar torná-los o mais natural possível é imprescindível. Traz a sensação de realidade à obra — e torna sua leitura confortável e fluída.

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Notas:

[1] Postagem do dia 5 de setembro de 2016, em seu blog pessoal Scary Terry's World.

[2] Onde temos a sensação de que cada fato foi previamente preparado e não aconteceu naturalmente. Quase como se pudéssemos prever o que acontece a seguir, pois todas as falas levam a tais fatos.

[3] Curiosamente, o arco parecia retratar um pouco da realidade que vivemos, em meio à pandemia causada pelo vírus Sars-CoV-2 (novo coronavírus). Sobre isto, Terry contou um pouco em uma postagem no blog do Comics Kingdom:

"Alguns de vocês estão atentos ao fato de que as tiras que vocês leem hoje são escritas e desenhadas bem antes do dia de publicação. Neste caso particular, estou trabalhando nas tiras com dois meses de avanço.
[...] Isso quer dizer que a história de Truck Tyler, que acabou de começar para vocês, já foi finalizada por mim. [...] Isso também quer dizer que ela foi escrita antes do mundo começar a "ficar preso em casa" por conta da pandemia da COVID-19. Então, nesta história, vocês verão comportamentos e ações que não tem consistência com a nossa realidade atual, ao mesmo tempo que alguns fatores estranhamente se comparam ao que vem acontecendo."

Terry utilizou Rex para comentar sobre a situação atual e explicar porque a tira não seguiu a realidade e sim um outro caminho no dia 31 de maio:

Tira de 31 de maio de 2020.

(NOTA DE CORREÇÃO [feita no dia 24 de agosto de 2020]: após a tira acima, a história que começou era um flashback sobre como Rex conheceu June. Quando esta postagem foi escrita, o arco do flashback ainda estava acontecendo. Porém, no final desse arco, que ocorreu no dia 9 de agosto de 2020, um painel de narração foi introduzido. Ele dizia:

"Enquanto estivemos acompanhando uma história que ocorreu há uma década, mais ou menos, a vida no presente ficou mais complicada. Estamos todos lidando com a pandemia causada pelo coronavírus -- assim como nossos amigos em Glenwood.

O que eles têm feito? Como estão lidando com a quarentena? O que os doutores e enfermeiros de Glenwood fizeram nos primeiros dias da pandemia? Vamos explorar tudo isso agora que começamos o novo arco chamado 'As histórias do lockdown'."

Portanto, desde o dia 10 de agosto de 2020, a tira de Rex Morgan M.D. passou a tratar a pandemia como assunto para as histórias.)

Tira de 9 de agosto de 2020.

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Referências:

• EISNER, Will. Quadrinhos e Arte Sequencial. Editora WMF Martins Fontes, 4ª edição, 2010.

• McCLOUD, Scott. Desvendando os Quadrinhos. Editora MBOOKS, 1ª edição, 2004.

• BEATTY, Terry. Blog pessoal do autor. Disponível (em Inglês) em http://www.scaryterrysworld.com/.

• CARLSON-GHOST, Mike. Rex Morgan and June Gale's Romantic Conundrum [O dilema romântico de Rex Morgan e June Gale]. Disponível (em Inglês) em https://www.markcarlson-ghost.com/index.php/2020/07/17/rex-morgan-june-gale/.

• Tiras de Rex Morgan M.D. Disponíveis (em Inglês) em https://www.comicskingdom.com/rex-morgan-m-d.

Lucas Cristovam, 08 de julho de 2020,
Parnamirim, Rio Grande do Norte, Brasil.