domingo, 31 de dezembro de 2023

Os Melhores de 2023

ERA BASTANTE COMUM que eu fizesse postagens anuais trazendo, ao fim do ano, as coisas que eu mais gostei e alguns comentários sobre elas. Como estou com vontade de recuperar tradições que perdi com o tempo — e também aproveitando que o último dia do ano cai justamente num domingo, que é quando as postagens são feitas neste blog —, decidi voltar com a série Melhores do Ano e listar abaixo as coisas que mais gostei ao longo de 2023.
As categorias são as seguintes: Melhor HQ — que eu separo em Melhor Gibi de Super-Herói, Melhor Mangá e Melhor Tira Seriada —, Melhor Livro, Melhor Série, Melhor Filme, Melhor Música e Melhor Álbum.
Sem mais delongas, vamos aos resultados!

MELHORES HQs

Melhor Gibi de Super-Herói

THE AMAZING SPIDER-MAN (2022),
de Zeb Wells, John Romita Jr., Ed McGuiness e outros

Capa da primeira edição norte americana. Arte por John Romita Jr.

Ah, o Homem-Aranha de Zeb Wells... Amado por poucos, odiado por uma gigantesca legião. Eu fui um dos que começou sentindo nada além de desprezo pela escrita do Wells! E, por incrível que pareça, a culpa foi total da base de fãs do teioso. Eu fui seguindo o fluxo e achando horrível cada uma das decisões que Wells ia tomando. Peter e Mary Jane afastados? Mary Jane casada com outro cara e tendo dois filhos? Tudo isso num período de seis meses? O motivo de tudo era um vilão criado pelo próprio Wells lá em 2008 e que nunca mais apareceu de novo?
Mas, conforme fui lendo as edições... Rapaz, não é que a coisa é boa e faz sentido? O Lápide sendo incrivelmente difícil de lidar e manipulando o Peter, o arco com os Duendes Macabros e Norman Osborn sendo herói, o arco Dark Web [Teia Sombria] e Ben Reilly agora como vilão, a revelação do que afastou Peter de todos que ele amava, e, mais recentemente, o Octopus tentando tornar o Osborn em vilão novamente, o arco com o Rek-Rap e, finalmente, Gang War [Guerra de Gangues].
Eu ainda acho que os arcos estão um pouco desconectados. Essa é uma opinião minha, mas não consigo traçar com certeza uma linha cronológica dentro da coisa. Tudo que sei é que o foco é em Norman Osborn e se ele irá se tornar um vilão novamente ou não. (Afinal de contas, ele teve seus pecados removidos durante a fase do Nick Spencer.)
Ainda assim, esses arcos (mesmo que isolados), a magnífica arte do John Romita Jr. (que é meu artista de quadrinhos contemporâneo favorito), as cores do brasileiro Marcio Menyz(!!!), esses elementos me fazem ter certeza de que meu Gibi de Super-Herói favorito do ano foi O Espetacular Homem-Aranha.

Melhor Mangá

CHAINSAW MAN,
de Tatsuki Fujimoto

Capa da primeira edição japonesa. Arte por Tatsuki Fujimoto.

Esse mangá é o clássico mangá que Lucas só compra por causa da capa. Pois é, eu sou do tipo que julga um livro por sua capa e Chainsaw Man foi uma surpresa gigantesca neste sentido. Tudo bem que é um dos hypes do momento, mas a história criada por Tatsuki Fujimoto tem elementos que, na minha opinião, tornam uma obra interessante até demais: questões filosóficas e ação desenfreada.
A história de Denji poderia ser mais uma como a de vários outros personagens que existem por aí no universo dos mangás e animes. Um garoto pobre, ele tem como herança uma dívida de seu pai com a Yakuza. Os caras armam pra ele, ele se lasca e é deixado para morrer, mas seu melhor amigo, um demônio chamado Pochita, decide unir-se ao corpo de Denji. Típico. A questão que torna esse mangá fabuloso é o fato do protagonista não ter nenhuma ambição, qualquer que seja.
Eu vinha de leituras como Naruto — cujo protagonista quer se tornar o líder de uma vila de ninjas —, Dragon Ball — em que o protagonista precisa treinar cada vez mais para derrotar os vilões que sempre são mais fortes que seus antecessores — e Yu-Gi-Oh! — onde o protagonista tem que enfrentar a timidez para conseguir o tão sonhado desejo de ter amizades verdadeiras. Quando vi que a única motivação de Denji era, segundo o mesmo, “apertar peitos”, ri alto. Mas depois passei a refletir sobre e vi como isso era absurdo: ele nunca teve nada, nem um lar, nem o que comer. A motivação dele era simples por isso. Uau. Essa foi a primeira coisa que me pegou no mangá.
O resto foi natural e, quando vi, estava com todos os 11 primeiros volumes lado a lado na prateleira.

Melhor Tira Seriada

FUNKY WINKERBEAN,
de Tom Batiuk

A tira dominical de 7 de janeiro de 2007. Arte por Tom Batiuk.

2023 foi um ano de pouquíssimas tiras seriadas. Eu voltei a assinar o Comics Kingdom (que, graças aos deuses, consegui pelo preço de U$ 1,99 de novo), mas ainda não consegui engatar na leitura das minhas tiras favoritas do site. É uma meta pra 2024, afinal recebo as tiras diariamente em meu e-mail, então quero começar o dia 1 de janeiro lendo cada uma das tiras como se fosse um leitor novato (afinal de contas, acho que todas elas já estão no meio de seus arcos iniciados).
Ainda assim, Funky Winkerbean foi uma tira que eu dediquei o começo do ano para realizar o download e fazer a leitura. Encerrada em 2022, a tira durou exatos 50 anos e trazia a história de Funky e toda uma comunidade de personagens de apoio que eram vastos e diferentes, cada um com suas singularidades. O que me conquistou na tira foi justamente isso: o fato dela ser muito real. Um dos arcos mais notáveis é o em que Lisa descobre ter câncer de mama. Pra se ter noção do quão importante esse arco foi, ele rendeu uma matéria no G1. Ou seja, chamou a atenção até fora dos EUA, onde a tira era publicada em diversos jornais.
A tonalidade de Batiuk para os arcos e seus personagens foi grande. Inicialmente uma tira de comédia, ela migrou de tom nos anos 1990, quando Batiuk realizou um “salto temporal” e levou os personagens aos anos colegiais. A partir dali, eles passaram a envelhecer de acordo com o tempo da tira. Isso é bastante incomum nos quadrinhos. Até hoje, por exemplo, Kit Walker, o Fantasma, ainda tem a mesma idade de quando ele surgiu em 1936.
Tenho os arquivos da tira desde o ano de 1998, que foi o mais longe que o site Comics Kingdom publicou. Se tornou, entretanto, uma das minhas tiras favoritas da vida.

MELHOR LIVRO

PEITOS E OVOS,
de Mieko Kawakami

Capa da edição brasileira do livro, lançada pela editora Intrínseca.

Meu foco nos últimos 3 anos em questões de literatura se voltou pro lado oriental. Desde quando li Crônica do Pássaro de Corda, do autor japonês Haruki Murakami, fiquei apaixonado pelo estilo de escrita voltado pro cotidiano que os orientais possuem.
Estava eu na livraria Leitura do Natal Shopping passeando pelos livros quando bati o olho na lombada de Peitos e Ovos. O nome da autora era japonês, certeza, mas ainda não tinha escutado falar dela. Retiro o livro da prateleira, viro para a contra-capa e descubro que não há sinopse, apenas uma frase. Ela dizia que o livro tinha causado um impacto tremendo na pessoa que tinha lido. Essa pessoa era justamente Haruki Murakami.
Li a orelha, onde estava a sinopse e me interessei pelo tema: três mulheres e suas nuances. Sempre fui fascinado pelo universo feminino, até porque fui criado por mulheres durante toda minha infância e adolescência. O livro de Kawakami foi uma das coisas mais bonitas que já li. A forma que ela descreve esse universo é sutil e suave. Do tipo que te prende. Uma das coisas que me interessam nesse universo é justamente como as mulheres são mais detalhistas.
Esse é um dos livros que eu tenho recomendado pra todos ao meu redor. Se você falou comigo este ano, sabe que eu recomendei Peitos e Ovos em algum momento. Vale muito a pena.

MELHOR SÉRIE

THE BIG BANG THEORY,
de Chuck Lorre e Bill Prady

Pôster promocional da série.

É difícil que alguma série me prenda. Por conta do meu hiperativismo, fico querendo constantemente estar em movimento, o que torna difícil ficar concentrado em uma tela. Mas, depois de muito ouvir que sou extremamente parecido com o protagonista de The Big Bang Theory, Sheldon Cooper, e também de ter dois melhores amigos meus (beijos, Alexia e Bruno!) insistindo para que eu desse uma chance à série, bem, eu finalmente comecei.
O primeiro episódio foi bem morno, mas sinto que foi mais por estar realmente iniciando. Mas nos episódios seguintes, algumas risadas foram arrancadas. A temática da série é realmente a minha cara: um grupo de quatro nerds e suas desventuras diárias. Fui conquistado. E olha que ainda nem saí da primeira temporada, mas ela já está na lista de melhores do ano.
O que me resta agora é esperar que o restante seja tão bom quanto. Mas creio que será, sim.

MELHOR FILME

GODZILLA MINUS ONE,
de Takashi Yamazaki

Pôster norte-americano do filme.

Esse. Filme.
O que falar de um filme que eu fui assistir sem a menor vontade, meio que forçadamente por meu irmão, e então, nos primeiros dez minutos, eu estava totalmente entregue às telas do cinema? Assim foi assistir Godzilla Minus One.
O filme é uma celebração aos 70 anos deste gigante lagarto que assombra a humanidade com seu potencial destrutivo. E que filme! A história não é sobre o Godzilla em si. Ele, na verdade, é um mero motivador pro plot existir. E que plot! Acompanhamos um piloto kamikaze que, por medo dos efeitos da guerra, desistiu do seu papel. O filme então mostra esse personagem tentando se redimir de alguma forma. E que forma! Como é incrível!
Algo que só poderia ser produzido por japoneses, nenhuma produção ocidental chega aos pés de Godzilla Minus One. É o melhor filme do personagem, é o melhor filme do ano.

MELHOR MÚSICA

“LEAVING ME NOW”,
de Level 42

A capa do vinil promocional do single.

Eu costumo dizer para todos que sou extremamente romântico. Meu cantor favorito é John Legend, meu gênero favorito de filmes é o drama e as comédias românticas, eu sou apaixonado por clichês quando o assunto é o amor. Mas, ironicamente, minha música favorita de 2023 fala sobre um término de uma relação e a incapacidade do eu lírico seguir em frente por causa disso.
Não ironicamente, enfrentei isto este ano, e, confesso, os efeitos ainda estão sendo sentidos. Dúvidas, incertezas, questionamentos. Tudo isto está presente na música. O piano que a acompanha é fantástico, e o solo ao final é de me deixar totalmente emotivo. É uma música que descobri justamente este ano e que ouvi repetidas e ininterruptas vezes.

MELHOR ÁLBUM

WORLD MACHINE,
de Level 42

Capa do álbum World Machine, de 1985.

É claro, uma vez que eu tenha escutado “Leaving Me Now”, fui atrás de conhecer o álbum do qual a canção fazia parte. E, caramba, que disco maravilhoso é o World Machine. Já falei sobre ele na última postagem, então nem vou comentar muita coisa aqui. Mas, com certeza, foi o disco que mais escutei este ano. E não me arrependo em nada! Tô até pra tatuar o detalhe da capa! Olha o ponto que esse disco atingiu!

E isso é tudo para o ano de 2023. Vejamos o que 2024 trará para todos nós. Até lá, fiquem todos bem! E feliz Ano Novo!!

Macaíba, 30 de dezembro de 2023
Rio Grande do Norte, Brasil

domingo, 22 de outubro de 2023

“Physical Presence”, por Level 42

A capa do álbum World Machine, da banda Level 42.

DEPOIS DE MUITOS ANOS ouvindo diversos álbuns diferentes, creio que finalmente encontrei aquele que posso garantir com plena certeza ser o meu favorito.
Ouvi a quarta faixa tocar no rádio certo dia, guardei alguns trechos da letra na mente e, logo que tive acesso à internet, busquei saber qual era a canção. Por mais que Leaving Me Now tenha sido a primeira, ela não se tornou a minha preferida. Não que ela ainda não esteja num Top 3 — eu diria que ela ocupa a segunda posição —, mas a segunda música do álbum World Machine, cujo título é Physical Presence é com certeza a melhor do disco.
Lançado em 1985, World Machine foi um sucesso na década. Só no Reino Unido, alcançou a terceira posição do UK Albums Chart, e ficou nas paradas musicais por 72 semanas seguidas. Nos EUA, chegou à décima oitava posição da Billboard 200, e permaneceu na lista por 36 semanas.
O álbum também foi responsável por marcar a transição de estilo musical que a banda passaria a seguir. Com uma vibe mais pop, isso deixava para trás o ritmo jazz-funk que era visto em discos anteriores, como Standing in the Light (1983) ou até mesmo o álbum de estreia Level 42 (1981).
O destaque do álbum é, claro, a terceira faixa, que foi o single de divulgação, Something About You. Possui um videoclipe lançado no mesmo ano de 1985. No YouTube, ele possui mais de 13 milhões de visualizações.
Porém, o foco de hoje será justamente Physical Presence. Ela não possui um vídeo oficial, mas tem, em compensação, uma apresentação ao vivo que a banda fez no programa The Tube, no dia 18 de outubro de 1985. Segundo Mark King, vocalista da banda, o álbum estava sendo lançado naquele dia para todo o mundo.
King, inclusive, é o principal foco da música. Seu baixo comanda o ritmo por completo, e é possível apreciar um nível gigantesco de sua habilidade com o instrumento. A versão apresentada ao vivo é um pouco mais acelerada que a original, mas, ainda assim, não deixa de ser boa. Há um cover focado no baixo bem legal, disponível no YouTube, pelo baixista Stuart Clayton. Ali, ele tenta replicar as mesmas técnicas realizadas por King, como o slapping e o sliding.
Como de costume, deixo a tradução da canção abaixo, acompanhada da apresentação anteriormente mencionada:


“Physical Presence”, por Level 42

Saio como entrei
Mais um garoto pego de surpresa
E agora tudo que consigo reunir
São sussurros para os seus gritos

Você não se lembra
De como aliviou a minha desgraça?
Você não se lembra
De que o amor que viu em meu rosto foi

Aperfeiçoado no silêncio
Quase uma presença física [×2]

Eu busquei afeto
E agora eu consigo entender
Uma rejeição fria
Se encontrava em seu olhar

Mas eu me lembro bem
De como você mexeu comigo
Eu consigo me lembrar
Quando descobri que o amor podia ser

Aperfeiçoado no silêncio
Quase uma presença física [×4]

Não foi o que ela fez
Foi o jeito que ela fez
Quando eu não podia dar
Ela era a única que podia perdoar

Não foi o que ela fez
Foi o jeito que ela fez
E enquanto eu viver
Serei obrigado a relembrar cada detalhe

Parte da resposta
É que não há uma escapatória certa
Parte da resposta
É que a vida pode até possuir uma forma perfeita

Você não se lembra
De todas as noites em que compartilhamos minha desgraça?
Você não se lembra
Que o amor que preenchia esse espaço agora vazio era

Aperfeiçoado no silêncio
Quase uma presença física [×4]

Lucas Cristovam, 21 de outubro de 2023,
Parnamirim, Rio Grande do Norte, Brasil.
_____

Notas:

• SLAPPING: consiste em bater e puxar as cordas do baixo a fim de gerar sons percussivos e estalados.
• SLIDING: consiste em nada mais que deslizar o seu dedo pela corda, saindo de uma nota até a outra desejada.

domingo, 30 de abril de 2023

“Deathless Deer”: uma ideia genial que terminou de forma abrupta

O anúncio para o lançamento da tira de Deathless Deer que saiu
no Chicago Tribune, trazendo a informação de que as tiras sairiam
em cores e um breve resumo da ideia da história.

EU ESTAVA EM MEU Facebook, passeando pelo Feed de Notícias, quando encontro uma postagem feita para um dos grupos do qual faço parte, dedicado às tiras dominicais. A postagem trazia a arte de uma tira da qual eu nunca tinha escutado falar: Deathless Deer [A Imortal Deer]. Decidi buscar mais informações sobre e eis que me deparo com algo que eu nunca tinha visto antes: esta foi uma tira que morreu de forma extremamente precoce.
Don Markstein, em sua Toonopedia, aponta alguns fatores que contribuíram pra tira — que começou a ser lançada em 9 de novembro de 1942 — ter seu fim tão abrupto. O primeiro é o roteiro da tira, escrita por Alicia Patterson (cujo “Patterson” ela herdou do pai, Joseph Medill Patterson, o famoso jornalista que fundou, em 1919, um dos maiores jornais dos Estados Unidos, o Daily News, que ainda é publicado até hoje. Alicia, inclusive, viria a fundar o Newsday anos depois, em 1940. Ele também segue sendo publicado). De forma pobre, as histórias foram descritas pela revista Time como “uma das aventuras mais vazias já vistas na história dos quadrinhos, talvez uma das piores já desenhadas também”.

Alicia Patterson segurando uma
edição do
Newsday.

O segundo é justamente a arte, feita por Neysa McMein, que era uma artista popular na época, tendo pintado capas para a revista McCall, o jornal The Saturday Evening Post, entre outros. Infelizmente, McMein não tinha a capacidade de cumprir os prazos para as tiras, além do talento não ter foco na arte de contar histórias.

Neysa McMein junto a uma de suas pinturas.

A história, por falar nela, era um tanto quanto apressada: com apenas quatro dias de duração, Deer, que era uma princesa tirânica do antigo Egito, extremamente cruel com seus servos, acabou morta pelos mesmos, que estavam cansados do tratamento que recebiam. Porém, um dos sacerdotes que faziam parte de sua corte, conseguiu dar a ela uma poção de imortalidade bem a tempo de salvá-la da morte.
Deer viria a acordar 3000 mil anos depois, quando encontraram seu sarcófago onde ela foi enterrada (viva?). Aparentemente, seu falcão de estimação, Hórus, também tomou um pouco da poção, pois ele também viria a acordar junto à princesa. De alguma forma, a magia do tempo fez que ela se tornasse mais adorável, mas ainda mantivesse sua força de vontade, e ela se viu vivendo aventuras pelo mundo, começando na cidade de Nova Iorque.
Porém, Patterson não conseguia manter um interesse pela tira e, no último capítulo lançado, Deer estava sendo acusada de um assassinato. Infelizmente, ninguém parecia ter curiosidade suficiente para saber como seria o desenrolar, e a tira teve seu fim em 7 de agosto de 1943, com alguns jornais encerrando ainda antes, em 19 de julho.

FUI CAPAZ DE JUNTAR todas as tiras dominicais da série — que não eram bem tiras dominicais mas sim uma compilação dos seis dias da semana em uma tira gigantesca (chegando a passar de 10 quadros). Busquei-as no Newspapers.com e salvei em meu arquivo digital justamente por conta de todo o mistério que envolve a criação, o desenrolar e o fim sem mais nem menos.
No total, apenas 38 dessas “tiras dominicais” foram feitas entre 1942 e 1943. O Newsday, jornal que foi fundado pela mesma Alicia Patterson, respondeu a uma carta de um fã que escreveu “O que aconteceu com os quadrinhos da Deathless Deer? Nós realmente gostávamos de ler suas histórias." A resposta do jornal foi que, “devido à pequena produção de papéis e outros matérias causada pela Guerra, o News Syndicate Co. que distribuía a tira Deathless Deer foi forçado a discontinuá-la, junto a diversas outras tiras, enquanto a Guerra durar.
Ela nunca mais veria a luz do dia novamente.

DEIXO TODAS AS TIRAS lançadas abaixo, na ordem de publicação.


22 de abril de 2023,
Parnamirim, Rio Grande do Norte, Brasil.