domingo, 1 de novembro de 2020

O que ando lendo durante a pandemia

CERTAMENTE POSSUO FASES. E, como leitor, isso fica ainda mais evidente.
Há alguns meses aqui no blog, vinha falando constantemente sobre tiras diárias seriadas. Elas são, sem sombra de dúvidas, minha paixão, como gênero de quadrinhos. Compõem meu estilo favorito de construção de história, além de layouts [diagramações] e formato.
Porém, desde que me mudei de casa aqui no Rio Grande do Norte — para ser mais preciso, desde o momento em que abri as caixas para organizar minha prateleira com minha coleção no quarto —, me voltei aos mangás.

Mangás (漫画) são, no popular, todas e quaisquer histórias em quadrinhos
que tenham origem japonesa.

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OS MANGÁS POSSUEM, em minha vida como leitor, um papel imenso. Minha primeira leitura foi os quadrinhos da Turma da Mônica — já contei um pouco sobre isso numa outra postagem aqui no blog. Mas, no começo dos anos 2000, após passar em frente à tenda do sr. Valdir (um senhorzinho que até hoje vende livros e revistas usados na mesma ruazinha em que eu morei em Irajá, no Rio de Janeiro, muito importante na minha introdução aos quadrinhos — qualquer dia falo sobre ele por aqui), avistei os dois primeiros mangás que vi em minha vida: Dragon Ball, de Akira Toriyama, e Saint Seiya: Cavaleiros do Zodíaco, de Masami Kurumada. Ambos foram lançados pela Conrad.
Foi Dragon Ball que levei comigo. Lembro que paguei R$ 2 na época e peguei a edição 8. Não entendi absolutamente nada quando finalizei a primeira leitura. A luta havia chegado ao fim logo no começo do volume, por que o tal personagem Goku tinha voltado a enfrentar o poderoso Jackie Chun? Aliás, como é que ele havia se tornado um macaco gigante se o mesmo Jackie Chun tinha cortado sua cauda antes?
Aí, no final de tudo, descobri que estava lendo no sentido errado. Mangás são lidos da direita para a esquerda (ou seja, o final é o começo e o começo é o final), mas eu não sabia disso. E eu ainda ignorei completamente uma página que fica justamente no final da publicação, dizendo "AVISO!" e explicando que ali era a última página e que o começo era do outro lado. Só isso já foi capaz de explodir minha mente.
E então veio todo um universo de mangás. E hoje, pouco mais de 1/3 do que possuo é composto por mangás.

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POIS BEM, HOJE eu me encontro justamente lendo alguns deles e é sobre eles que venho falar nessa postagem, que, no fundo, é mais um update sobre o que ando lendo nos últimos tempos.
Minha pilha de leituras atualmente está numa rotação em que, a cada volume lido, o próximo da série vai para o final da pilha, e aguarda até que todos os outros sejam lidos, fechando um ciclo.
Atualmente, encontram-se nessa pilha de leitura, os seguintes mangás:


SAINT SEIYA: CAVALEIROS DO ZODÍACO,
de Masami Kurumada

Com certeza o mangá que mais está me deixando empolgado em ler hoje. Adquiri a coleção completa da segunda edição lançada pela Conrad (com 48 volumes) pelo Mercado Livre e, cara, como esse mangá é legal!
Saint Seiya: Cavaleiros do Zodíaco conta a história de Seiya, o Cavaleiro de Bronze da constelação de Pégaso, e seus Cavaleiros de Bronze parceiros Hyoga, Ikki, Shiryu e Shun. As forças do mal ameaçam dominar o Santuário da Deusa Atena e assim dominar a Terra. Em meio à Guerra Galáctica, o torneio idealizado por Mistumasa Kido para reunir Cavaleiros que treinaram em diversas partes do mundo, surgem os 5 jovens de grande força e idêntica coragem para enfrentar essa ameaça.


YU-GI-OH!,
de Kazuki Takahashi

Minha coleção dos sonhos e meu mangá favorito de todos os tempos finalmente está em minhas mãos.
Lançado pela JBC Editora aqui no Brasil em 38 volumes, Yu-Gi-Oh! conta a história de Yugi Muto, um garoto tímido que adora passar o tempo com jogos e quebra-cabeças. Quando ele finalmente completa o Enigma do Milênio, um presente dado pelo seu avô, Yugi liberta a alma de um faraó que estava aprisionada no artefato. Os Jogos das Trevas têm início e a busca pela verdade sobre o faraó é o destino!


GA-REI: THE ENCHANTED SPIRITUAL BEAST,
de Hajime Segawa

Um dos mangás mais importantes da minha vida, foi o primeiro que tive o prazer de comprar a primeira edição. Foi lançado pela JBC Editora em 12 volumes.
Em Ga-Rei, acompanhamos Kensuke Nimura, estudante do Ensino Médio que tem a estranha habilidade de enxergar espíritos. E é graças a essa habilidade que ele tem seu caminho cruzado com a caçadora de monstros Kagura, que tem em sua alma a Besta Espiritual Byakuei, um Ga-Rei. Mas quais são os segredos que envolvem essa misteriosa caçadora?


BLEACH,
de Tite Kubo

Meu segundo mangá favorito de todos os tempos, foi lançado pela Panini Comics / Planet Manga com 74 volumes aqui no Brasil. Realmente só fica atrás de Yu-Gi-Oh! pelo laço que eu possuo com a outra obra. Tite Kubo, porém, é meu mangaká favorito, vencendo Kazuki Takahashi em alguns pontos, principalmente no desenvolvimento de roteiro. (Se bem que é compreensível que as duas maiores obras destes autores são completamente distintas entre si, mesmo sendo obras do gênero shonen.)
Em Bleach, Ichigo Kurosaki é o protagonista. Tal como Kensuke Nimura, de Ga-Rei, Ichigo também consegue enxergar espíritos. E ele também esbarra com uma caçadora chamada Rukia Kuchiki. A diferença se dá que Ichigo assume o lugar de Rukia como shinigami, quando ela decide transferir os poderes para ele num ato de desespero. Os problemas que isso causa são imensos, pois há toda uma sociedade que regulamenta os shinigamis e a decisão de Rukia não é bem aceita pelos altos escalões... Como os dois lidarão com as consequências de suas escolhas?


ONE-PUNCH MAN,
de ONE (roteiro) e Yusuke Murata (arte)

Eu considero One-Punch Man um mangá diferente dos demais. O mangá encontra-se em pausa no momento, pois a Panini Comics / Planet Manga alcançou a publicação japonesa, que está com 21 volumes no momento. A ideia geral é bem simples: o protagonista, Saitama, é um super-herói que combate o crime e derrota monstros e mais monstros.
A diferença que eu mencionei acontece na origem de Saitama como herói: ele treinou tanto, mas tanto, que ultrapassou toda e qualquer barreira, e basta apenas um soco (daí o One-Punch) para derrotar qualquer inimigo que seja. E essa não era a intenção de Saitama. Ele não queria se tornar forte a tal ponto.
Então, o que acompanhamos na verdade é a luta interna de Saitama, que agora vive em busca de algum combate que realmente seja difícil, em que ele tenha um desafio real.
É um mangá que quebra a barreira do limite de um super-herói. Estamos acostumados a ver os heróis main-stream, como o Homem-Aranha ou Superman, que apanham e apanham e passam pelas maiores dificuldades para justamente, no fim, superar os desafios que encontram. Com Saitama é diferente.
Afinal de contas, como é que o herói vai lidar com essa busca?


DRAGON BALL,
de Akira Toriyama

É, nem preciso falar muito sobre um clássico destes. É a primeira vez que estou lendo a obra por completo, pois adquiri a box lançada pela Panini Comics / Planet Manga em agosto, com os 42 volumes que compõem a coleção.
Na história, Son Goku é um pequeno órfão de coração puro, mas com uma tremenda força. Depois de viver tanto tempo isolado da civilização, ele recebe a inesperada visita de uma garota! Bulma lhe propõe uma parceria para buscar as sete Esferas do Dragão, que, quando reunidas, são capazes de realizar qualquer desejo!

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MAS NEM SÓ de mangás viverá o homem, e também tenho um livro e dois quadrinhos em andamento. São eles...


O BEIJO DA MULHER ARANHA,
de Manuel Puig

Comprei esse livro quando ainda morava no Rio, no mesmo bom e velho sr. Valdir. Não lembro onde foi que vi essa curiosidade sobre ele, mas é um livro inteiro feito de diálogos. Não há descrições, não há narrações, apenas as falas entre os protagonistas do livro, Valentin, um preso político, e seu companheiro de cela Molina, homossexual que foi acusado de corromper menores. Foi publicado na Argentina em 1976. A minha edição brasileira é da Editora Círculo do Livro.


X-MEN: DINASTIA X & POTÊNCIAS DE X,
de Jonathan Hickman e outros

São as mais recentes sagas dos X-Men na Marvel, publicadas em 2019. Aqui no Brasil, a Panini compilou tudo em 4 volumes, com o último publicado neste mês passado de outubro.
Eis a sinopse da primeira edição:

A revolução mutante está acontecendo. Charles Xavier, Magneto e seus associados estão colocando em prática um projeto revolucionário, que mudará o destino dos Homo superior. Os mutantes, sempre temidos e odiados pela humanidade, finalmente têm um porto seguro e se posicionam como uma potência mundial. Mas, no espaço e no futuro, novas e antigas ameaças surgem...


O RELÓGIO DO JUÍZO FINAL,
de Geoff Johns e Gary Frank

Minissérie de 12 edições publicada pela Panini Comics entre 2018 e 2019, é uma continuação direta de Watchmen — clássico quadrinho escrito por Alan Moore, com arte de Dave Gibbons, publicado em 1986 nos Estados Unidos. A minissérie foi responsável por unir o universo de Watchmen ao universo da DC Comics.

2 comentários:

  1. Impressionante ver como você gosta de mangás!E que surpresa saber que já morou no Rio! Seu blog é muito bom, parabéns!!!!!

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    1. Oi, Flávia! Agradeço demais pelo comentário, ficando também extremamente lisonjeado! Muito obrigado!

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