domingo, 18 de fevereiro de 2024

As surpresas do colecionismo de quadrinhos (ou “Aquela vez em que eu encontrei o gibi mais raro do Brasil perdido num sebo”)


Eis algo inusitado que me aconteceu na quarta-feira desta semana, dia 14 de fevereiro: depois de um piquenique com amigos, visitei pela primeira vez um sebo que não conhecia. Eu disse a uma amiga que estava colecionando vinis e ela disse que conhecia um lugar com vários baratos. Depois de mais de uma hora procurando entre inúmeros, encontrei dois que queria demais: Último Romântico, do Lulu Santos — uma coletânea dos maiores hits do cantor — e The Big Star, do Elton John — uma espécie de Greatest Hits só que produzido aqui no Brasil.
Vinis separados, virei para minha amiga e disse “Só para não ir embora sem um, vou procurar saber onde estão os gibis”. Depois de questionar o senhorzinho que é dono do local, ele me apontou uma mesa bem bagunçada e disse que “tem vários espalhados aí”.
Quando olho pra uma cestinha sobre a mesa, o susto: uma edição de Cavaleiros do Zodíaco: Episódio G #19. Eu não podia acreditar. Fui perguntar o preço dos mangás e a nova surpresa: “Esse daí é R$ 7”. Sete. Somente sete reais. Sete reais no mangá mais raro do Brasil.
Fechei o pacote somando R$ 50 quando adicionei Dragon Ball #32 da Conrad (a última edição antes da mudança do título para Dragon Ball Z). De brinde, ainda ganhei o encarte que me faltava pro vinil Aquarela do Brasil, da majestosa Gal Costa.
Este mês, eu completei 15 anos colecionando quadrinhos (meu primeiro gibi da coleção que hoje possuo foi Bleach #20, lançado em fevereiro de 2009). Ontem, me presenteei com esse mangá. Foi literalmente um dos melhores dias da minha vida.
(A foto que ilustra é um print do story que postei em meu Instagram na hora em que descobri o preço do mangá. Minha amiga segura ele em suas mãos enquanto eu tiro a foto, que ficou um tanto tremida por eu não conseguir conter as emoções.)